Quem Entra em Negócio? Vamos vender mais?
- Academia Compromissus

- 2 de set.
- 3 min de leitura
Episódio 4/6 — Negociação | Série Modelo Compromissus
Antes da venda: o que as melhores equipas já fazem
Muitas equipas já o colocam no centro do dia a dia: as entradas em negócio. Quando estruturamos a relação com entidades que já nos conhecem (Histórico), com DPEN e próximos passos claros, o pipeline ganha pulso, a liderança reforça o controlo e a previsibilidade, e as equipas sentem confiança nas semanas que aí vêm.
Ideia‑chave: Mais relações trabalhadas de forma estruturada → mais entradas em negócio → maior previsibilidade → melhores resultados.
Dois fluxos, valores diferentes
Falamos de duas portas de entrada:
Histórico (Relacional/Proativo): entidades já conhecidas, acompanhadas com método, DPEN — Data de Previsão de Entrada em Negócio — e próximos passos.
Fluxo Espontâneo (Reativo): novos contactos vindos de marca, campanhas, entradas no stand.
Ambos contam. Mas criam valores diferentes:
Conclusão: não abdicar do Espontâneo — ancorar o crescimento no Histórico.
Exemplo 1 — A equipa que trabalha a relação (com método)
Nesta equipa, os vendedores investem tempo com critério: acompanham estrategicamente os seus clientes, mapeiam o parque automóvel e estimam a substituição das viaturas onde são opção — registando uma DPEN realista.
Como operam no dia a dia
Próximos passos claros por entidade (o que fazer, quando e porquê).
Agenda DPEN: visão a 3–6–9 meses das próximas entradas.
CIC a dar escala: qualifica carteiras, mantém presença com bom senso e alimenta os vendedores com oportunidades prontas a entrar.
Para não virar SPAM
Relevância: cada contacto tem propósito.
Cadência: critérios explícitos para “quando voltar a falar”.
Histórico unificado: tudo no CRM; nada “só na cabeça” de alguém.
O que a liderança traz
Reuniões de rotina (semanais/quinzenais) com três perguntas simples:
Quantos potenciais foram identificados nos últimos 15/30 dias?
Quantas DPEN existem para os próximos 6–9 meses?
Quantas entradas em negócio vieram deste trabalho nas últimas semanas?
Pedagogia: feedback sobre qualidade de DPEN e próximos passos; reforço do método.
Resultado
Mais entradas (sobretudo com histórico), maior probabilidade de sucesso e uma curva de visibilidade estável das próximas semanas.
Exemplo 2 — A equipa que espera pelo cliente (reativa)
Nesta equipa, a aposta é o Espontâneo. A direção investe em marketing e a marca puxa tráfego. Vendem, claro. Mas:
A previsibilidade é baixa — ninguém sabe “quantos entram amanhã”.
Há sazonalidade e picos caros.
O parque dos clientes não é conhecido; oportunidades de substituição passam ao lado.
As recomendações não têm método; ficam ao acaso.
Conclusão prática: com o mesmo investimento e uma rotina relacional mínima, venderiam mais — e com menos stress.
O papel da liderança (onde a estratégia ganha corpo)
Sem liderança, o trabalho estratégico desaparece. Com liderança, ganha ritmo.
Ritual simples (e obrigatório)
Semanal (1:1): rever potenciais identificados (15/30 dias), DPEN 6–9 meses e entradas geradas pelo trabalho relacional.
Quinzenal (com CIC): priorizar carteiras, definir campanhas one‑to‑few/one‑to‑all e validar próximos passos.
Mensal (direção): confirmar que a agenda DPEN desenha uma curva de visibilidade saudável para os 90 dias seguintes.
Checklist rápido (para esta semana)
Escolhe 10 entidades e atribui‑lhes DPEN realistas.
Marca próximos passos e liga‑os à agenda.
Pede ao CIC para qualificar 50 entidades de baixo contacto.
Em 7 dias, mede entradas provenientes do Histórico.
Em 30 dias, revê a densidade da agenda DPEN (3–6–9 meses).
Em síntese
Entradas em Negócio são o batimento do pipeline. O Histórico dá‑te ritmo controlado, previsibilidade e valor acumulado; o Espontâneo acelera, mas custa e oscila. A estratégia vencedora? Equilibra os dois, com a liderança a garantir rotina, método e um CRM que guarda a memória da relação.
Próxima ação: amanhã, 30 minutos para mapeares parque + DPEN de 10 clientes. Depois, 10 minutos com o líder para validares o plano. O futuro começa nas próximas entradas.
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Gerir negócios numa equipa de alto desempenho não depende de um “segredo”. Depende de um modelo com várias dimensões, praticado de forma estruturada e sistemática — é isso que, dia após dia, potencia os resultados.